sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sobre o meu porto-seguro poético

(uma das coisas que mais gosto de fazer com as minhas letras é escrever sobre as pessoas que me cercam. Descrevê-las... Uma homenagem, uma ode, um presente - entendam como quiser. São amores, é beleza. É vida, portanto: poesia.

Elas vão aparecer aos pouquinhos, por aqui, as pessoas... Por hora fica uma homenagem à Pri, meu porto seguro poético (desde sempre até hoje). Aquela pra quem eu corro, ainda, quando os versos escritos me causam crises e inseguranças, e que responde às minhas bobagens (sempre) com urgência. Talvez o refúgio mais antigo que ainda permanece.

Priste transparente

Talvez eu ainda te invente cinza
porque o preto consegue absorver
ainda
todas as suas 7 cores.
E, em meio a esse oculto de raios infindos
Eu consigo absorver
poucos, e todos, e lindos
reflexos de cores
(ou dores? Amores!)

Não se sabe se é você
a fonte.
Pois penso às vezes que somente eu
enxergo.

Mas é certo que tua cor permanece sendo um mistério
Porque penso enquanto eu pinto
e penso
E lanço em meio à cor da tinta
um bom senso
E tento, como eu tento
e penso
Pra captar, quase sempre,
a tensa conclusão
de que teu pincel não faz questão
de ter cor alguma...
(março de 2003)

Um comentário:

pri disse...

Linda! Te amo!!!! muito! pra sempre!