Sim, hoje eu tenho medo do silêncio. Do que ele possa significar, do quanto de mim que ele possa conter. Das impresenças latentes numa pausa, compasso do tempo avesso.
Hoje eu preencho o meu tempo com música. Qualquer silêncio precisa de som. Pra que eu não tenha que ouvir meu coração desritmado batendo forte... Porque eu não quero conversar com a minha própria emoção.
Marchas alegres ressoam nos cantos, eu canto bem forte pra ninguém. Pra ninguém querer entrar dentro de mim e preencher o vazio por ti deixado.
“Ninguém sabe a dor que eu sinto
Dentro de mim
Ninguém sabe porque eu vivo
Tão triste assim
Se eu fosse realmente
Muito feliz
Não chorava quando canto,
Não cantava para abafar meu pranto
(Capiba, Serenata suburbana)